O X Exame de Ordem, em sua primeira questão, exigiu o conhecimento do Art. 124 do CTN (solidariedade tributária). A segunda pergunta refere-se a imunidade tributária. O terceiro enunciado requeria conhecimentos sobre Medida Provisórias no Direito Tributário. Por último, exigiu-se também, conhecimentos sobre as classificações de competência tributária.
25. Três irmãos são donos de um imóvel, em proporções iguais. Em relação ao IPTU, cada irmão
A) só pode ser cobrado pelo fisco na razão de 33,33% do imposto.
B) é devedor solidário em relação ao todo do imposto.
C) é devedor na razão de 33,3% do imposto e responsável subsidiário pelo restante.
D) não pode ser cobrado judicialmente pela parte de outro irmão que tenha recursos para pagá-la.
Gabarito: B. Consoante dicção do art. 124 do CTN:
Trata-se de situação de solidariedade tributária, de maneira que o valor total do tributo pode ser exigido de qualquer um dos irmãos, surgindo para aquele que pagar integralmente a dívida o direito de regresso contra os demais.
Art.
124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato
gerador da obrigação principal;
Trata-se de situação de solidariedade tributária, de maneira que o valor total do tributo pode ser exigido de qualquer um dos irmãos, surgindo para aquele que pagar integralmente a dívida o direito de regresso contra os demais.
26. Uma autarquia federal, proprietária de veículos automotores
adquiridos recentemente, foi surpreendida com a cobrança de IPVA pelo
Estado responsável pelos respectivos licenciamentos, não obstante
vincular a utilização desses veículos às suas finalidades essenciais.
Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.
A) A cobrança é constitucional, por se tratar de fato gerador do IPVA.
B) A cobrança é constitucional, por se aplicar o princípio da capacidade contributiva.
C) A cobrança é inconstitucional, por se tratar de isenção fiscal.
D) A cobrança é inconstitucional, por tratar de hipótese de imunidade tributária.
Gabarito: D. O art. 150, VI, “a”, da CRFB/88 trata-se
da hipótese de imunidade recíproca, constituindo uma limitação
constitucional ao poder de tributar.Referida imunidade também abrange autarquias, desde que o bem seja destinado à finalidade essencial. Não se trata de isenção, pois a isenção é legal e a imunidade é constitucional.
27. Suponha que determinada Medida Provisória editada pela Presidenta
da República, em 29/09/2012, estabeleça, entre outras providências, o
aumento para as diversas faixas de alíquotas previstas na legislação
aplicável ao imposto de renda das pessoas físicas. Nesse caso, com base
no sistema tributário nacional, tal Medida Provisória
A) não violaria o princípio da legalidade e produzirá efeitos a partir da data de sua publicação.
B) violaria o princípio da legalidade, por ser
incompatível com o processo legislativo previsto na Constituição
Federal/88.
C) não violaria o princípio da legalidade e produzirá
efeitos a partir de 90 (noventa) dias contados a partir da data de sua
publicação.
D) não violaria o princípio da legalidade e só produzirá
efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro subsequente à
data de sua conversão em lei.
Gabarito: D. Conforme art. 62, § 2º, da CF/88,
a medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos,
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, somente
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Portanto,
não constitui violação ao princípio da legalidade a majoração do imposto
de renda através de medida provisória, uma vez que expressamente
autorizada pela Constituição. Outrossim, conforme o art. 150, § 1º, da
CRFB/88, não se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal às
alterações que incidem sobre o imposto de renda, exigindo-se, tão somente, a
observância do princípio da anterioridade anual.
28. A União criou um novo imposto não previsto na CRFB mediante lei
complementar sobre a propriedade de veículos de duas rodas não
motorizados, que adota fato gerador e base de cálculo diferente dos
demais discriminados na Constituição. Nessa situação, a União terá feito
uso de competência
A) comum.
B) residual.
C) cumulativa.
D) extraordinária.